quinta-feira, 31 de julho de 2008

Estatuto do Torcedor deve mudar para melhor

Com o objetivo de garantir maior segurança às pessoas que comparecem aos estádios de futebol, representantes do governo federal, Ministério Público, forças policiais, confederações esportivas, acadêmicos e torcedores se reuniram nesta quinta-feira (31 de julho), em audiência pública no Ministério da Justiça, em Brasília, para discutir alterações no Estatuto do Torcedor.
Dentro de 90 dias um grupo de trabalho vai apresentar proposta ao presidente da República para posterior encaminhamento ao Congresso Nacional. A preocupação é tipificar condutas criminosas, praticadas inclusive no trajeto até o estádio, e determinar medidas preventivas obrigatórias no combate à violência.
"Vamos preparar um plano de contenção da violência nos estádios. Temos a Copa do Mundo para organizar em 2014 e é um grande desafio a ser compartilhado pela sociedade brasileira", afirmou à Agência Brasil (agência estatal de notícias) o secretário de Assuntos de Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Abramovay, responsável pela coordenação do grupo de trabalho.
"Encarar o futebol como um serviço de consumo é o que vai resolver o problema de violência nos estádios. A venda de ingressos tem que ser organizada, os transportes públicos fornecidos e o torcedor que pratica a violência deve ser punido, não simplesmente com prisão, mas também ser impedido de assistir aos jogos posteriores", acrescentou Abramovay.
A situação é mesmo grave e séria. Nos últimos dez anos, tumultos e confrontos entre torcedores de futebol resultaram em 33 mortes no Brasil, 22 delas somente no Estado de São Paulo. Os números constam de um levantamento produzido pela professora da Universidade de Campinas (Unicamp), Heloísa Baldy, especialista em direito e sociologia do esporte.

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