terça-feira, 13 de novembro de 2007

POR ONDE ANDA?




Paulinho Criciúma: o multi-profissional

Aos 45 anos, Paulo Roberto Rocha, mais conhecido como Paulinho Criciúma, ainda é lembrado com carinho pelos botafoguenses, após o glorioso bicampeonato estadual 1989/90.
Nascido em 30 de agosto de 1961 na cidade catarinense que originou seu apelido, Paulinho Criciúma começou a carreira de jogador pelo próprio Criciúma Esporte Clube, ainda na década de 70. Em 1983, foi contratado pelo América de São José do Rio Preto (SP) e em apenas dois anos já se consagrava como o “chuteira de ouro” – prêmio instituído pelo jornalista Wilson Roveri, em Ribeirão Preto aos destaques do time rubro.
Não demorou para que despertasse atenção de outros clubes. Transferiu-se para o Bangu que viria a ser vice-campeão brasileiro em 1985. Porém, no mesmo ano, foi emprestado ao Posco, da Coréia do Sul, só retornando ao time de Moça Bonita duas temporadas depois, jogando então ao lado do zagueiro Mauro Galvão e do ponta-direita Marinho, dentre outros.
Aliás, com esses dois companheiros, o meia-direita, às vezes centroavante Paulinho foi parar no Botafogo, em 1988. O trio, simplesmente, derrubou um jejum de 21 anos sem títulos do alvinegro, com o bicampeonato Carioca (89/90). Depois deste triunfo, Paulinho foi vendido para o Internacional de Porto Alegre, mas teve uma passagem apagada pelo Colorado e acabou transferindo-se para alguns clubes do exterior, como Toyota, do Japão (1991 e 1992); Los Angeles Salsa, dos Estados Unidos (1993 e 1994); Montreal, do Canadá (1995) e, finalmente, Atlético Celaya, do México (1995 e 1996), onde encerrou a carreira aos 35 anos.
Para o jogador, seu futebol poderia ter durado mais alguns anos, mas com a perda de seu pai e o desinteresse dos grandes clubes brasileiros, sua trajetória pelos gramados se encerrava.
Longe do futebol, Criciúma dedicou-se ao ramo da educação. Comprou um colégio na sua cidade e o dirigiu integralmente até 2000, quando resolveu resgatar o futebol, na carreira de técnico.
Logo em sua estréia, treinando a equipe piauiense do 4 de Julho, conseguiu um vice-campeonato estadual. Em 2001, já estava pelos gramados baianos, dirigindo a equipe do Barreiras e, no ano seguinte, o Camaçari. Curiosamente, seu colégio continuou em funcionamento até 2004.
A carreira de técnico, intercalada com a administração do colégio e até como comentarista numa rádio em Criciúma, acabou sendo interrompida no ano passado, quando assumiu o comando do Criciúma. Trinta e dois dias, três derrotas e uma vitória depois foi demitido e saiu decepcionado com os dirigentes.
O ano de 2006, aliás, foi um ano de muitos acontecimentos para Paulinho Criciúma. Além da decepção na carreira de técnico, ficou viúvo e precisou cuidar sozinho de um casal de gêmeos botafoguenses, de 10 anos: Luca e Lara.
Num recomeço de vida, Paulinho trocou sua cidade natal por Florianópolis e vem se dividindo há um ano entre as atividades de empresário de jogadores e vendedor de seguros de cargas. E ainda pretende abrir um banco de empréstimo consignado.
Embora esteja com tanto trabalho, não esconde que o grande sonho ainda é trabalhar direta e exclusivamente no futebol, seja como treinador ou comentarista esportivo.
Enquanto não realiza seu sonho, vai indicando jogadores a grandes clubes como o atacante Jaílson, que foi artilheiro do Paulista na Série B do Brasileirão 2006 e esteve no Corinthians no início do ano, e o volante Leandro Guerreiro, no Botafogo, seu clube de coração.

FICHA TÉCNICA:
Posição: meia-direita / centroavante
Nascimento: 30/08/1961 – Criciúma-SC
Clubes: Criciúma (1976-1982); América São José do Rio Preto (1983); Bangu (1984 /1987); Posco - Coréia (1985-1986); Botafogo (1988-1990); Internacional (1991); Toyota -Japão (1991-1992); Los Angeles Salsa – EUA (1993-1994); Montreal - Canadá (1995); Atlético Celaya-MEX (1995-1996).
Títulos: campeão sul-coreano pelo Posco em 86; bicampeão estadual do Rio em 1989 e 1990 pelo Botafogo; e campeão da Copa Konica em 1991 pela equipe do Toyota.
O que faz hoje: empresário de jogadores e vendedor de seguros de cargas.

Um comentário:

marcelo maximo disse...

Estou em Roraima e sou torcedor do Botafogo. Fico muito feliz por saber que a memoria do futebol (esporte) se preserva. Parabéns!