segunda-feira, 16 de junho de 2008

Lutas / Muay Thai ganha popularidade no Rio

Os lutadores Marcos (calção preto) e Hélio (calção vermelho) se cumprimentam antes do início da luta, vencida pelo mineiro ainda no primeiro round

Modalidade que vem crescendo em popularidade no mundo inteiro, o muay thai (ou boxe tailandês, como é mais conhecido no Brasil) mostrou neste domingo, no Rio, que tem tudo para atrair cada vez mais adeptos e aficcionados. Isso graças ao esforço da atual diretoria da Confederação Brasileira de Muay Thai, presidida pelo grão-mestre Luiz Alves – esportista de renome internacional – tendo como vice-presidente o não menos respeitado mestre Artur Mariano, que não mede esforços para dar credibilidade a um esporte até hoje considerado por muitos como uma "demonstração de violência".
O que se viu neste domingo (dia 15 de junho), no ginásio do América, na Tijuca, foi um dia inteiro de competição sadia e motivada dentro do ringue e um entretenimento vibrante e seguro para a platéia. Cerca de 100 atletas de todas as categorias – do infantil aos mais experientes – vindos de diversos recantos do país, disputaram a Copa do Brasil de Muay Thai, mais um evento promovido pela CBMT, com o apoio do Ministério dos Esportes.
Ao todo foram realizadas mais de 40 lutas, a maior parte delas em três rounds de um minuto por um de descanso. A organização rigorosa da entidade proibia a presença dentro da quadra de qualquer pessoa que não fosse do staff do torneio (árbitros, diretores, equipe médica e pessoal de apoio), além dos dois lutadores e seus segundos. E nem sequer permitia que os corners dos lutadores permanecessem de pé, ao lado do ringue, durante o decorrer dos combates.
Reclamações mais veementes sobre decisões de jurados feitas por integrantes de algumas academias foram repreendidas publicamente pelo vice-presidente Artur Mariano, que ao microfone anunciou que não admitiria atitudes que pudessem tumultuar o evento.
Todas as lutas contaram pontos para o ranking nacional da modalidade que serve de critério para a concessão do bolsa-atleta.
A organização só falhou em um aspecto: programou todas as lutas dos atletas menos experientes – infantil e iniciantes – em seqüência, deixando os melhores combates para o final do evento. Ou seja, até um pouco mais da metade do torneio, às 15 horas, apenas duas lutas terminaram em nocaute, um deles no confronto de pesos pesados que foi antecipado porque um dos lutadores – Hélio Massai, de Minas Gerais – tinha que regressar mais cedo a seu estado. O mineiro, representando a Academia Master Center, nocauteou Marcos Machado, da Boxe Thai do Rio de Janeiro, no primeiro assalto.
Fica, portanto, a sugestão para os dirigentes da CBMT. Nos próximos eventos, que tal intercalar combates entre iniciantes com as principais lutas? Seria um atrativo a mais para o público.
Fotos: Lauro Freitas Fº / EsporteAgito

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