sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cultura do Esporte / O ‘escrete de ouro’ segundo Luiz Mendes

Aqueles que tiveram o privilégio de comparecer, na última quarta-feira à tarde, ao auditório Machado de Assis, da Biblioteca Nacional, foram brindados com duas horas de deliciosas histórias sobre o futebol brasileiro contadas por um dos maiores arquivos vivos dessa trajetória gloriosa. O radialista Luiz Mendes, que recentemente completou 84 anos, agraciou a platéia com sua memória prodigiosa e sua conhecida fluência ao falar sobre o “escrete de ouro”, como ficou conhecida a seleção brasileira de 1958 que ganhou a primeira das cinco Copas do Mundo que nós temos.
Em seu bate-papo, o “comentarista da palavra fácil” lembrou, por exemplo, que a seleção de 58 saiu do país desacreditada, principalmente porque chegou a perder um amistoso para o time misto do Flamengo, com um gol feito “por um tal Manoelzinho, que depois desse gol nunca mais apareceu”.
Reclamou também dos dirigentes da CBF que nunca pensaram em homenagear os craques campeões mundiais de 58, 62, 70, 94 e 2002, ao contrário do que acontece em outros países que cultuam seus ídolos esportivos.
Por fim, revelou – para a surpresa de muitos – que não considera Pelé o maior jogador de todas as Copas. Para o veterano radialista, Garrincha vem em primeiro lugar, seguido por Maradona, em 86. Pelé viria em terceiro, praticamente empatado, porém, com Gerson.
Na próxima quarta, dia 18, é a vez do também consagrado jornalista Antonio Maria Filho, repórter de O Globo, conversar sobre “Os Caminhos do Penta”. Na mesma bat-hora e no mesmo bat-local.

Em tempo: As palestras de Mendes e Antonio Maria Filho fazem parte do projeto Quarta às Quatro, que acontece às quartas-feiras, a partir das 16 horas, no auditório da Biblioteca Nacional (entrada pela Rua México, s/nº). A entrada é franca.

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