segunda-feira, 4 de julho de 2011

BOXE / Irmãos Klitschko se tornam os donos do mundo

Foto: Divulgação/WBA

Da Redação do EsporteAgito

Decepcionante e desanimadora. Estas são, talvez, as melhores palavras para exprimir o que foi a luta de sábado à tarde (pelo horário de Brasília), realizada em Hamburgo, na Alemanha, entre o ucraniano Wladimir Klitschko e o britânico David Haye pela unificação de três das principais coroas do boxe mundial na categoria dos pesos pesados.

Frustrando a enorme expectativa dos fãs da nobre arte em todo o planeta – que aguardavam ansiosamente pelo confronto, inicialmente marcado para acontecer há dois anos – os pugilistas fizeram um combate morno, com poucos momentos de emoção e, sobretudo, sem que ambos demonstrassem em nenhum momento disposição para tentar o nocaute, mais preocupados que estavam em se defender.

Assim, depois de 12 arrastados rounds, Wladimir acabou conquistando por pontos o cinturão que faltava à sua família, o da Associação Mundial de Boxe. Os jurados decidiram por vitória de forma unânime para o ucraniano, mas com uma vantagem muito acima do que foi visto em cima do ringue: 116-110, 117-109 e 118-108.

Com o resultado, o irmão mais novo dos Klitschko passa a deter os cinturões da Organização Mundial, Federação Internacional e Associação Mundial de Boxe. Já Vitali Klitschko é o atual campeão dos pesos pesados pelo Conselho Mundial de Boxe.

A decepção pelo baixo nível da luta leva ao desânimo de perceber que, atualmente, parece não haver adversários capazes de tirar a hegemonia dos Klistschko e devolver à categoria o glamour das disputas das eras Tyson, Holyfield e Lewis – só para ficar nas mais recentes.

Em seu blog, no site Combate.com (http://combate.globo.com/platb/danielfucs), o comentarista e árbitro Daniel Fucs, atual supervisor nacional da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) e um dos especialistas mais respeitados do país na modalidade, também não se empolgou com o que assistiu, mas não tem dúvidas da legitimidade da vitória do ucraniano. “Podemos até debater sobre a qualidade do combate que Wladimir Klitschko e David Haye fizeram na Alemanha, mas não há o que discutir sobre a legitimidade do vencedor. Klitschko venceu a luta e não há duvida nenhuma sobre isso. Que desta vez ninguém questione a marcação dos juízes. Não há motivos para isso”.

E para justificar a sua opinião, apresenta os números da luta: “Durante o combate, a maior agressividade de Wladimir Klitschko traduziu-se nos golpes. O cazaque naturalizado ucraniano atingiu o adversário 134 vezes sem que o inglês conseguisse defesa. Haye acertou Wladimir em 72 oportunidades – quase a metade. Haye acertou o alvo com golpes fortes em 36 ocasiões enquanto foi atingido com este tipo de soco 26 vezes. Mas a mais importante de todas estas estatísticas nesta luta diz respeito aos rounds individualmente. Em apenas um dos 12 assaltos, o 4º, Haye levou vantagem em golpes que encontraram o alvo sem serem defendidos, e mesmo assim com pequena diferença (9 contra 8).”

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Lauro,
Parabéns pelo blog e pela variedade de temas. Sucesso.
Daniel Fucs