Lauro Freitas Fº
editor do blog
No boxe, por vezes, a vida também imita a arte. Foi o que se viu na madrugada deste sábado para domingo, na luxuosa e moderna arena Boardwalk Hall, em Atlantic City, Estados Unidos.
Como que incorporado pelo espírito de Rocky Balboa, o improvável campeão imortalizado nas telonas por Silvester Stallone, o pugilista argentino Sergio Martinez saiu da obscuridade (apesar de detentor do título mundial dos médio-ligeiros do Conselho Mundial de Boxe, pouco se ouvia falar do latino na grande mídia) para fazer história. Não apenas por derrotar, por unanimidade na contagem dos juízes, o inglês naturalizado norte-americano Kelly Pavlik, confiscando-lhe os dois cinturões dos pesos médios do Conselho e da Organização Mundial de Boxe mas, o que é mais impressionante, por impingir ao adversário um castigo que jamais havia sofrido.
Tal qual o célebre personagem do cinema, Martinez subiu ao ringue sob os olhares desconfiados dos expectadores e da imprensa especializada internacional. Afinal, de origem latina e com 35 anos, iria enfrentar nada menos que um lutador invicto na categoria – a única derrota no cartel de Pavlik foi para Bernard Hopkins, nos meio-pesados – e que vencera por nocaute 32 das suas 36 lutas, além de ser sete anos mais novo.
Mas já nos dois primeiros rounds, demonstrando uma forma física invejável e agilidade fora do comum, Martinez começou a mostrar ao então campeão que a tarefa de defender seus cinturões e a fama de invencível seria mais difícil do que poderia parecer. Até o quinto assalto, bem ao estilo de Rocky Balboa, bailou no ringue, provocou o adversário e baixou a guarda, em certos momentos lembrando a estratégia utilizada pelo atual campeão mundial do Ultimate Fighter (UFC), o brasileiro Anderson Spider Silva.
Já com o supercílio esquerdo aberto por um golpe de Martinez no início da luta, Kelly Pavlik tentava, mas não conseguia achar o argentino no quadrilátero. Porém, de tanto provocar e brincar no ringue, Martinez pareceu perder momentaneamente a concentração, bobeada que quase lhe custou a luta.
Numa reação espetacular, Pavlik começou a encaixar potentes golpes no desafiante, que sentindo o peso da mão do campeão perdeu um pouco da movimentação e passou a ser um alvo mais fácil. E para não fugir ao roteiro cinematográfico, assim como Rocky, do sexto ao nono assalto, Martinez foi duramente castigado e até derrubado, no oitavo round, por um gancho de Pavlik. Parecia que a fatura estava liquidada e que a 37ª vitória do campeão inconteste eram favas contadas.
Mas apenas parecia. Porque a saga de Rocky, o lutador, nos ensinou que com ele no ringue a luta só acaba mesmo quando termina. E assim como o personagem na tela, Martinez “Balboa”, conhecido em sua terra natal como Maravilha, ressurgiu da adversidade. Com uma incrível recuperação física, voltou a ser o boxeador atrevido e insinuante dos primeiros assaltos contra um campeão já extremamente desgastado e machucado. Vítima dos golpes do argentino, Pavlik lutou o restante do combate com o rosto coberto por uma máscara de sangue, que escorria impiedoso de ambos os supercílios e prejudicava a sua visão.
A essa altura, a torcida – que veio, naturalmente, apoiar o seu campeão dentro de casa – já estava definitivamente cativada pelo Rocky Balboa da vida real. Uma das melhores lutas dos últimos tempos. Era só esperar pelo anúncio oficial. A coroa dos médios do CMB e da OMB tem um novo rei, o "hermano" Sergio Martinez.
The end.
editor do blog
No boxe, por vezes, a vida também imita a arte. Foi o que se viu na madrugada deste sábado para domingo, na luxuosa e moderna arena Boardwalk Hall, em Atlantic City, Estados Unidos.
Como que incorporado pelo espírito de Rocky Balboa, o improvável campeão imortalizado nas telonas por Silvester Stallone, o pugilista argentino Sergio Martinez saiu da obscuridade (apesar de detentor do título mundial dos médio-ligeiros do Conselho Mundial de Boxe, pouco se ouvia falar do latino na grande mídia) para fazer história. Não apenas por derrotar, por unanimidade na contagem dos juízes, o inglês naturalizado norte-americano Kelly Pavlik, confiscando-lhe os dois cinturões dos pesos médios do Conselho e da Organização Mundial de Boxe mas, o que é mais impressionante, por impingir ao adversário um castigo que jamais havia sofrido.
Tal qual o célebre personagem do cinema, Martinez subiu ao ringue sob os olhares desconfiados dos expectadores e da imprensa especializada internacional. Afinal, de origem latina e com 35 anos, iria enfrentar nada menos que um lutador invicto na categoria – a única derrota no cartel de Pavlik foi para Bernard Hopkins, nos meio-pesados – e que vencera por nocaute 32 das suas 36 lutas, além de ser sete anos mais novo.
Mas já nos dois primeiros rounds, demonstrando uma forma física invejável e agilidade fora do comum, Martinez começou a mostrar ao então campeão que a tarefa de defender seus cinturões e a fama de invencível seria mais difícil do que poderia parecer. Até o quinto assalto, bem ao estilo de Rocky Balboa, bailou no ringue, provocou o adversário e baixou a guarda, em certos momentos lembrando a estratégia utilizada pelo atual campeão mundial do Ultimate Fighter (UFC), o brasileiro Anderson Spider Silva.
Já com o supercílio esquerdo aberto por um golpe de Martinez no início da luta, Kelly Pavlik tentava, mas não conseguia achar o argentino no quadrilátero. Porém, de tanto provocar e brincar no ringue, Martinez pareceu perder momentaneamente a concentração, bobeada que quase lhe custou a luta.
Numa reação espetacular, Pavlik começou a encaixar potentes golpes no desafiante, que sentindo o peso da mão do campeão perdeu um pouco da movimentação e passou a ser um alvo mais fácil. E para não fugir ao roteiro cinematográfico, assim como Rocky, do sexto ao nono assalto, Martinez foi duramente castigado e até derrubado, no oitavo round, por um gancho de Pavlik. Parecia que a fatura estava liquidada e que a 37ª vitória do campeão inconteste eram favas contadas.
Mas apenas parecia. Porque a saga de Rocky, o lutador, nos ensinou que com ele no ringue a luta só acaba mesmo quando termina. E assim como o personagem na tela, Martinez “Balboa”, conhecido em sua terra natal como Maravilha, ressurgiu da adversidade. Com uma incrível recuperação física, voltou a ser o boxeador atrevido e insinuante dos primeiros assaltos contra um campeão já extremamente desgastado e machucado. Vítima dos golpes do argentino, Pavlik lutou o restante do combate com o rosto coberto por uma máscara de sangue, que escorria impiedoso de ambos os supercílios e prejudicava a sua visão.
A essa altura, a torcida – que veio, naturalmente, apoiar o seu campeão dentro de casa – já estava definitivamente cativada pelo Rocky Balboa da vida real. Uma das melhores lutas dos últimos tempos. Era só esperar pelo anúncio oficial. A coroa dos médios do CMB e da OMB tem um novo rei, o "hermano" Sergio Martinez.
The end.
Um comentário:
Lauro seu blog é espetacular, not°10 desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
Um grande abraço e tudo de bom
ASS:Rodrigo Rocha
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