Mas estudioso é cético quanto aos benefícios sociais dos megaeventos esportivos
A confirmação oficial do Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014, anunciada na terça-feira, dia 30 de outubro, pela Fifa, deixou animado o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Confiante, ele acredita que a decisão da Fifa reforça a candidatura brasileira à sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
“O Brasil vem dando provas de sua capacidade de organizar grandes eventos esportivos internacionais e certamente a Copa do Mundo 2014 será um marco na história do futebol mundial. E a candidatura brasileira à sede das Olimpíadas 2016 sai fortalecida em todos os sentidos. Os investimentos a serem feitos nos dois eventos se completam e darão ao Brasil a oportunidade de repetir experiências bem sucedidas de países que organizaram os dois eventos em seqüência, como o México (1968/1970), a Alemanha (1972/1974) e os Estados Unidos (1994/1996)”, comemora Nuzman, ressaltando o legado social que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos deixarão para a sociedade brasileira.
Contudo, sob o aspecto social, há quem não esteja assim tão otimista quanto aos benefícios que um megaevento, como a Copa do Mundo, possa trazer para a nossa população. Segundo o coordenador do Observatório de Políticas do Esporte da Unicamp (SP), Lino Castellani Filho, a possibilidade de que a infra-estrutura esportiva construída para a realização da Copa de 2014 possa ficar sob a gestão da sociedade civil não deverá acontecer.
“Nós vemos uma ausência de mecanismos legais que obriguem os responsáveis pela organização do evento a assumirem o compromisso de dar destino social às obras construídas com recursos públicos e privados, no sentido de levar à população brasileira benefícios pela realização dos jogos”, avalia. Castellani afirma que deveria haver termos contratuais garantindo as responsabilidades dos agentes públicos e privados nesse sentido.
O professor lembra que, por ocasião dos Jogos Pan-Americanos do Rio, este ano, houve a promessa de que as instalações seriam colocadas à disposição da sociedade após o evento. “Basta olhar para trás para ver que não recebemos absolutamente nada”, conclui o especialista.
“O Brasil vem dando provas de sua capacidade de organizar grandes eventos esportivos internacionais e certamente a Copa do Mundo 2014 será um marco na história do futebol mundial. E a candidatura brasileira à sede das Olimpíadas 2016 sai fortalecida em todos os sentidos. Os investimentos a serem feitos nos dois eventos se completam e darão ao Brasil a oportunidade de repetir experiências bem sucedidas de países que organizaram os dois eventos em seqüência, como o México (1968/1970), a Alemanha (1972/1974) e os Estados Unidos (1994/1996)”, comemora Nuzman, ressaltando o legado social que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos deixarão para a sociedade brasileira.
Contudo, sob o aspecto social, há quem não esteja assim tão otimista quanto aos benefícios que um megaevento, como a Copa do Mundo, possa trazer para a nossa população. Segundo o coordenador do Observatório de Políticas do Esporte da Unicamp (SP), Lino Castellani Filho, a possibilidade de que a infra-estrutura esportiva construída para a realização da Copa de 2014 possa ficar sob a gestão da sociedade civil não deverá acontecer.
“Nós vemos uma ausência de mecanismos legais que obriguem os responsáveis pela organização do evento a assumirem o compromisso de dar destino social às obras construídas com recursos públicos e privados, no sentido de levar à população brasileira benefícios pela realização dos jogos”, avalia. Castellani afirma que deveria haver termos contratuais garantindo as responsabilidades dos agentes públicos e privados nesse sentido.
O professor lembra que, por ocasião dos Jogos Pan-Americanos do Rio, este ano, houve a promessa de que as instalações seriam colocadas à disposição da sociedade após o evento. “Basta olhar para trás para ver que não recebemos absolutamente nada”, conclui o especialista.
Na foto, o presidente Lula e Romário seguram a Taça Fifa comemorando a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014.
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)