Lauro Freitas Fºeditor do blog
Na última segunda-feira, dia 16, postamos aqui no blog um comentário sobre o desrespeito do canal pay-per-view (paga para ver) Premiere Combate para com seus “26 mil assinantes” – segundo alardeou recentemente, durante transmissão, um locutor da casa – ao induzir o telespectador a acreditar que a luta entre os pugilistas Vic Darchinyan e Jorge Arce seria transmitida ao vivo (ou pelo menos no dia do evento), quando na realidade o evento – que envolvia a disputa do título unificado da categoria super-moscas, três cinturões em jogo – houvera acontecido uma semana antes.
Pois bem. Não é que o pessoal do Premiere, não satisfeito em frustrar as expectativas dos fãs do boxe naquela oportunidade, resolveu se superar! E agora bateu ainda mais forte, ao privar o assinante de acompanhar ao vivo, neste sábado, duas das mais importantes disputas de título programadas para este ano: Kelly Pavlik (34-1, 30 nocautes), atual detentor dos pesos médios pela OMB e pelo CMB, contra o desafiante obrigatório Marco Antonio Rubio (43-4-1, 38 nocautes); e o fenômeno Miguel Cotto (32-1, 26 nocautes) contra o britânico Micheal Jennigs (33-1, 17 nocautes) valendo o cinturão vago da OMB na divisão dos meio-médios.
O que é mais grave – e aí o desprezo passa a beirar as raias da afronta ao consumidor – é que o próprio canal avisou previamente aos assinantes cadastrados em seu site que a luta entre Pavlik e Rubio seria transmitida AO VIVO na noite do dia 21 de fevereiro. Alguns dias depois, porém, “mudou de idéia” e mandou outro aviso, como se o anterior jamais tivesse existido, divulgando a programação para o dia 28, conforme comprovam as imagens acima reproduzidas.
A indignação para com o tratamento desrespeitoso que os donos da mídia vêm impondo a uma boa parcela da população que curte a nobre arte começa, felizmente, a alcançar repercussão maior. O site Roud 13, talvez o mais completo e atualizado veículo da internet especializado em boxe, publicou nesta sexta-feira (20 de fevereiro) uma crítica na mesma linha da que o ESPORTEAGITO veiculou quatro dias antes. É preciso denunciar essa prática antiética e antipática, sob pena de estarmos todos nós, assinantes do Premiere, passando recibo de idiotas.
Imaginemos no caso do futebol. Você que paga a mensalidade do pay-per-view (cujo preço é praticamente o mesmo do canal de lutas), aceitaria assistir ao jogo do seu time com uma semana de defasagem, já sabendo previamente o resultado da partida?
Em que o fã do boxe, ou de outra modalidade esportiva qualquer, é diferente do aficionado por futebol?
Respondam se puderem os (ir)responsáveis pela programação do Premiere Combate.
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