O mago da narração
Rodrigo Serpa
“Tá lá um corpo estendido no chão... Cruel, muito cruel! Sinistro, muito sinistro!”
Quem não se lembra dessas frases? O autor, de voz marcante, que ficou conhecido como um mago da narração, é ninguém menos que Januário de Oliveira. Aposentado há 10 anos devido a problemas com a diabetes e cegueira em um dos olhos, o célebre narrador esportivo hoje mora em Goiânia (GO), onde faz parte de um projeto de transmissão de jogos na TV e internet.
Nascido em 12 de fevereiro de 1940 na terra gaúcha de Alegrete, porém tricolor carioca, Januário de Oliveira narrava exclusivamente os jogos do Rio de Janeiro, numa época em que as equipes que transmitiam as partidas não tinham os velhos vícios do rádio, nem os novos vícios dos profissionais da era do pay-per-view.
Com bordões geniais, Januário ficou famoso na TV Bandeirantes com frases como “tá lá um corpo estendido no chão”, quando um jogador se machucava e ficava deitado no gramado; “Cruel, muito cruel...”, para elogiar um artilheiro; e “Sinistro, muito sinistro...”, quando algum jogador ou árbitro cometia uma falha.
Isto, sem contar com os apelidos dados aos jogadores que marcaram os grandes clubes do Rio na década de 90, entre eles Ézio, o “Super Ézio”; o “Príncipe Charles” para o centroavante Charles Baiano (ex-Bahia e Flamengo). Valdeir virou “The Flash”, enquanto o volante Charles do Flamengo recebeu a alcunha de “Charles Guerreiro”. E sobrou também para Sávio, o “Anjo Loiro da Gávea”, além do maravilha “Tá, Té, Tí, Tó, Túlio...” . Januário transformava em diversão o hábito de acompanhar o futebol carioca.
De uns anos para cá, boatos sobre sua morte se espalharam pela cidade, mas o radialista, locutor e narrador garante estar mais vivo do que nunca. “Já me mataram. Fizeram até referência a mim me chamando de saudoso, mas estou vivo. Cheguei a sofrer quatro paradas cardíacas, mas estou aqui, firme e forte. Falaram até que eu tinha amputado uma e até as duas pernas. O que eu já amputei no pé foram as unhas, que corto de vez em quando”, brinca.
Além dos cinco anos de TV Bandeirantes (1992-1997), Januário de Oliveira atuou na Rádio Nacional-RJ, Rádio Globo-RJ, Rádio Mauá-RJ, Rádio Farroupilha-RS, Rádio Cultura de Bagé-RS e na TVE-RJ por 10 anos (1982-1992).
Ele é mesmo cruel, muito cruel!
“Tá lá um corpo estendido no chão... Cruel, muito cruel! Sinistro, muito sinistro!”
Quem não se lembra dessas frases? O autor, de voz marcante, que ficou conhecido como um mago da narração, é ninguém menos que Januário de Oliveira. Aposentado há 10 anos devido a problemas com a diabetes e cegueira em um dos olhos, o célebre narrador esportivo hoje mora em Goiânia (GO), onde faz parte de um projeto de transmissão de jogos na TV e internet.
Nascido em 12 de fevereiro de 1940 na terra gaúcha de Alegrete, porém tricolor carioca, Januário de Oliveira narrava exclusivamente os jogos do Rio de Janeiro, numa época em que as equipes que transmitiam as partidas não tinham os velhos vícios do rádio, nem os novos vícios dos profissionais da era do pay-per-view.
Com bordões geniais, Januário ficou famoso na TV Bandeirantes com frases como “tá lá um corpo estendido no chão”, quando um jogador se machucava e ficava deitado no gramado; “Cruel, muito cruel...”, para elogiar um artilheiro; e “Sinistro, muito sinistro...”, quando algum jogador ou árbitro cometia uma falha.
Isto, sem contar com os apelidos dados aos jogadores que marcaram os grandes clubes do Rio na década de 90, entre eles Ézio, o “Super Ézio”; o “Príncipe Charles” para o centroavante Charles Baiano (ex-Bahia e Flamengo). Valdeir virou “The Flash”, enquanto o volante Charles do Flamengo recebeu a alcunha de “Charles Guerreiro”. E sobrou também para Sávio, o “Anjo Loiro da Gávea”, além do maravilha “Tá, Té, Tí, Tó, Túlio...” . Januário transformava em diversão o hábito de acompanhar o futebol carioca.
De uns anos para cá, boatos sobre sua morte se espalharam pela cidade, mas o radialista, locutor e narrador garante estar mais vivo do que nunca. “Já me mataram. Fizeram até referência a mim me chamando de saudoso, mas estou vivo. Cheguei a sofrer quatro paradas cardíacas, mas estou aqui, firme e forte. Falaram até que eu tinha amputado uma e até as duas pernas. O que eu já amputei no pé foram as unhas, que corto de vez em quando”, brinca.
Além dos cinco anos de TV Bandeirantes (1992-1997), Januário de Oliveira atuou na Rádio Nacional-RJ, Rádio Globo-RJ, Rádio Mauá-RJ, Rádio Farroupilha-RS, Rádio Cultura de Bagé-RS e na TVE-RJ por 10 anos (1982-1992).
Ele é mesmo cruel, muito cruel!