Rodrigo Serpa
Vinte anos após a polêmica final da Copa do Brasil,
Fluminense e Internacional voltam a disputar um mata-mata, desta vez pela Copa
Libertadores da América. Aos colorados,
um início de uma nova fase, que pode levar ao terceiro título da competição em
menos de 10 anos.
Já para os tricolores, um gosto de revanche e justiça.
Justiça não só pelo fato de ter terminado na primeira colocação entre os
classificados para a segunda fase da competição, mas também por uma disputa até
hoje mal digerida pelos tricolores: a final da Copa do Brasil de 1992, vencida
com um pênalti duvidoso no dia 13 de dezembro. Três dias antes, o Fluminense
derrotara o Internacional nas Laranjeiras por 2 a 1 e precisava apenas de um
empate para sagrar-se campeão da quarta edição da Copa do Brasil. O placar
estava favorável até que Pinga simulou pênalti e o ex-árbitro José Aparecido de
Oliveira autorizou a cobrança de Célio Silva que acabou convertendo aos 43
minutos do segundo tempo.
Como a equipe colorada tinha feito um gol fora de casa, o
placar de 1 a
0 era o suficiente para levar o título. E foi o que aconteceu, credenciando
automaticamente o Internacional para a Libertadores de 1993.
Passados 20 anos, é a chance do Fluminense dar o troco. Desta vez, o jogo de volta é no
Rio de Janeiro, mas os gols fora de casa continuam valendo. É tudo ou nada!
Copa do Brasil 1992
Ficha técnica: Internacional 1 x 0 Fluminense
Internacional
Fernandez, Célio Lino, Célio Silva, Pinga e Daniel Franco;
Ricardo, Élson (Luciano) e Marquinhos; Maurício, Gérson (Nando) e Caíco.
Técnico: Antônio Lopes.
Fluminense
Jerson, Zé Teodoro, Vica, Sandro (Carlinhos Itaberá), Souza
e Lira; Pires, Bobô e Sérgio Manoel; Vágner e Ézio. Técnico: Sérgio Cosme.
Data: 13/12/1992
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: José Aparecido de Oliveira
Gol: Célio Silva (pênalti), aos 43 do 2º tempo;
Cartões Amarelos: Ézio, Sérgio Manoel, Souza e Marquinhos;
Expulsão: Zé Teodoro.
Confira o compacto dos melhores momentos da partida
Um comentário:
O comentário me parece parcial e, francamente não concordo, pois, de lá para cá, já transcorreram 20 anos. Se fizermos uma contagem de quantos árbitros assinalaram a cobrança penal, que foram simulados e, que na realidade não aconteceram, precisaríamos de um Engenhão lotado e, talvez nem isso tivesse a capacidade, tais foram os erros cometidos. Na televisão, que agora dispõe do tira-teima, os árbitros antigos, atualmente comentaristas, precisam ver o lance duas e as vezes mais, para então chegarem a uma conclusão. Portanto...
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