Por Rogério Lessa Benemond
O verdadeiro problema da reação do presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, após a decisão do primeiro turno do Estadual 2008 não foi a ameaça de renúncia nem o patético chororô. Foi o atraso de um ano. Isto porque o gol anulado de Dodô, na finalíssima de 2007 (que seria a virada, no finalzinho do jogo, exatamente como fez agora o Fla, com Diego Tardelli) devia ter levado Bebeto, Montenegro e companhia a “renunciarem” à disputa por pênaltis ou coisa semelhante, para que o Botafogo não compactuasse com aquele episódio lamentável que, infelizmente, a maior parte da imprensa não teve coragem de denunciar.
Voltando à final da Taça Guanabara 2008, é praticamente unânime entre os comentaristas a opinião de que foi injusta a expulsão do alvinegro Zé Carlos, marcador de Leo Moura, único rubro-negro da seleção, embora quase ninguém tenha visto má-fé da parte do juiz. Outros analistas, entre eles o Canhotinha de Ouro, Gérson, concordam que existiu o “pênalti da discórdia”, mas viram inúmeras infrações semelhantes no jogo, nos dois lados, inclusive falta de Angelim em Túlio no mesmo lance do pênalti.
Outros fatos poderiam ser acrescentados para deixar claro que não dá para (des)qualificar o Botafogo como paranóico, time que não sabe perder, como vêm fazendo quase todos os jornalistas esportivos. Freud explica?
Revelações
A final da Taça GB trouxe revelações muito interessantes. Destaque para a transformação de Diguinho, que já criticado por mim por um dia ter se referido ao Botafogo como mera vitrine. Pois bem: se o juiz tiver relatado a verdade dos fatos na súmula, domingo passado Diguinho encarnou o mais aguerrido e fanático botafoguense. “Veste a camisa do Flamengo; você não é flamenguista?”, teria dito Diguinho ao árbitro.
O mesmo vale para o goleiro Castillo e o técnico Cuca, agora arriscados a pegar um longo “gancho” pelas ofensas supostamente proferidas ao árbitro de domingo – Cuca nega. Provavelmente merecem alguma punição, mas hoje em dia não se vê fidelidade a um clube como a demonstrada por eles, sobretudo por Diguinho. O fato confirma a máxima de que “há coisas (boas) que só acontecem ao Botafogo”.
Outra revelação foi ver que, quando Bebeto chora, os jogadores o acompanham. Exatamente o contrário de quando o chorão é Carlos Augusto Montenegro.
Já os cariocas em geral devem ficar orgulhosos com o espetáculo protagonizado pelas duas torcidas, que provaram mais uma vez ser ainda o Maracanã o maior palco do futebol mundial.
Para este botafoguense, no entanto, a maior alegria foi ouvir Galvão Bueno no Bem Amigos, do SportTV, dizer que o “problema” do Botafogo foi “excesso de paixão”.
Na foto, Diguinho e Jorge Henrique, destaques na decisão da Taça GB
Foto: Divulgação BFR
O verdadeiro problema da reação do presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, após a decisão do primeiro turno do Estadual 2008 não foi a ameaça de renúncia nem o patético chororô. Foi o atraso de um ano. Isto porque o gol anulado de Dodô, na finalíssima de 2007 (que seria a virada, no finalzinho do jogo, exatamente como fez agora o Fla, com Diego Tardelli) devia ter levado Bebeto, Montenegro e companhia a “renunciarem” à disputa por pênaltis ou coisa semelhante, para que o Botafogo não compactuasse com aquele episódio lamentável que, infelizmente, a maior parte da imprensa não teve coragem de denunciar.
Voltando à final da Taça Guanabara 2008, é praticamente unânime entre os comentaristas a opinião de que foi injusta a expulsão do alvinegro Zé Carlos, marcador de Leo Moura, único rubro-negro da seleção, embora quase ninguém tenha visto má-fé da parte do juiz. Outros analistas, entre eles o Canhotinha de Ouro, Gérson, concordam que existiu o “pênalti da discórdia”, mas viram inúmeras infrações semelhantes no jogo, nos dois lados, inclusive falta de Angelim em Túlio no mesmo lance do pênalti.
Outros fatos poderiam ser acrescentados para deixar claro que não dá para (des)qualificar o Botafogo como paranóico, time que não sabe perder, como vêm fazendo quase todos os jornalistas esportivos. Freud explica?
Revelações
A final da Taça GB trouxe revelações muito interessantes. Destaque para a transformação de Diguinho, que já criticado por mim por um dia ter se referido ao Botafogo como mera vitrine. Pois bem: se o juiz tiver relatado a verdade dos fatos na súmula, domingo passado Diguinho encarnou o mais aguerrido e fanático botafoguense. “Veste a camisa do Flamengo; você não é flamenguista?”, teria dito Diguinho ao árbitro.
O mesmo vale para o goleiro Castillo e o técnico Cuca, agora arriscados a pegar um longo “gancho” pelas ofensas supostamente proferidas ao árbitro de domingo – Cuca nega. Provavelmente merecem alguma punição, mas hoje em dia não se vê fidelidade a um clube como a demonstrada por eles, sobretudo por Diguinho. O fato confirma a máxima de que “há coisas (boas) que só acontecem ao Botafogo”.
Outra revelação foi ver que, quando Bebeto chora, os jogadores o acompanham. Exatamente o contrário de quando o chorão é Carlos Augusto Montenegro.
Já os cariocas em geral devem ficar orgulhosos com o espetáculo protagonizado pelas duas torcidas, que provaram mais uma vez ser ainda o Maracanã o maior palco do futebol mundial.
Para este botafoguense, no entanto, a maior alegria foi ouvir Galvão Bueno no Bem Amigos, do SportTV, dizer que o “problema” do Botafogo foi “excesso de paixão”.
Na foto, Diguinho e Jorge Henrique, destaques na decisão da Taça GB
Foto: Divulgação BFR
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