O grito de gol que marcou a história do rádio
No dia 23 de dezembro último, completou 24 anos que o rádio esportivo brasileiro perdeu uma de suas maiores vozes. Flamenguista “roxo”, criador de bordões que ficaram para sempre na memória dos torcedores como “dá-lhe, garoto”, “passa de passagem” (quando um jogador conduzia a bola, ultrapassando seu marcador) e “fim de papo” (para indicar o fim do jogo), o locutor Jorge Cury morreu em 1985, vítima de um acidente automobilístico próximo a Caxambu, sua cidade natal, em Minas Gerais, para onde se dirigia para os festejos de Natal e de Ano Novo.
Terminava na estrada, de maneira trágica, uma trajetória brilhante de 43 anos de radialismo, que incluiu a cobertura de nada menos que nove Copas do Mundo. O acidente matou também o sonho do veterano radialista de narrar a sua décima Copa, em 1986, e finalmente se aposentar.
Jorge Cury foi um dos maiores locutores de seu tempo, ao lado de Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral e Doalcey Bueno de Camargo.
Filho do comerciante José Kalil Cury e de Maria Cury, Jorge nasceu em 26 de fevereiro de 1926 e teve oito irmãos, entre os quais, o cantor, compositor e humorista Ivon Cury e o também radialista Alberto Cury.
Iniciou sua carreira numa emissora local de sua cidade natal, Caxambu, em 1942. No ano seguinte, teve a chance de fazer um teste para a Rádio Nacional, onde, aprovado, ficou por longos 30 anos. Na Nacional, além de narrador esportivo, também conduziu o programa dominical de calouros chamado A Hora do Pato, muito popular nas décadas de 50 e 60. Em 1972, transferiu-se para a Rádio Globo, atingindo então o auge de sua carreira.
Um narrador épico
Dono de um potente e inigualável vozeirão, seus longos gritos de “gooooooollll” ecoavam por toda a cidade nas portarias dos prédios e nos radinhos de pilha como marca registrada de uma época, bruscamente interrompida em 1984 quando, mesmo líder de audiência, foi demitido da Rádio Globo sob a alegação de estar “ultrapassado” e para abrir espaço para a nova sensação do rádio esportivo na época, o “Garotinho” José Carlos Araújo.
Ao final de sua última transmissão na emissora da família Marinho, Cury desabafou com elegância, despedindo-se dos ouvintes, tecendo elogios à empresa e aos anunciantes, mas não poupando os diretores que o demitiram, a quem acusou de o terem “tocaiado” e “fuzilado”.
As últimas jornadas esportivas de Jorge Cury foram na Rádio Tupi, na qual trabalhou apenas alguns meses até sua morte.
Torcedor fanático do Flamengo, foi homenageado pela diretoria rubro-negra que deu seu nome a uma audioteca localizada na sede da Gávea.
Para quem não teve o privilégio de ouvir as épicas narrações de Jorge Cury – e para quem já estava saudoso de sua voz inconfundível – o ESPORTEAGITO catou no You Tube a reprodução da famosa despedida na Rádio Globo, além de um interessante depoimento de um dos maiores locutores esportivos do Estado do Paraná, Fernando Cezar, e a narração do gol de Zico contra o Cobreloa, do Chile, no terceiro jogo da final da Libertadores de 1979.
É para curtir e guardar na memória
Terminava na estrada, de maneira trágica, uma trajetória brilhante de 43 anos de radialismo, que incluiu a cobertura de nada menos que nove Copas do Mundo. O acidente matou também o sonho do veterano radialista de narrar a sua décima Copa, em 1986, e finalmente se aposentar.
Jorge Cury foi um dos maiores locutores de seu tempo, ao lado de Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral e Doalcey Bueno de Camargo.
Filho do comerciante José Kalil Cury e de Maria Cury, Jorge nasceu em 26 de fevereiro de 1926 e teve oito irmãos, entre os quais, o cantor, compositor e humorista Ivon Cury e o também radialista Alberto Cury.
Iniciou sua carreira numa emissora local de sua cidade natal, Caxambu, em 1942. No ano seguinte, teve a chance de fazer um teste para a Rádio Nacional, onde, aprovado, ficou por longos 30 anos. Na Nacional, além de narrador esportivo, também conduziu o programa dominical de calouros chamado A Hora do Pato, muito popular nas décadas de 50 e 60. Em 1972, transferiu-se para a Rádio Globo, atingindo então o auge de sua carreira.
Um narrador épico
Dono de um potente e inigualável vozeirão, seus longos gritos de “gooooooollll” ecoavam por toda a cidade nas portarias dos prédios e nos radinhos de pilha como marca registrada de uma época, bruscamente interrompida em 1984 quando, mesmo líder de audiência, foi demitido da Rádio Globo sob a alegação de estar “ultrapassado” e para abrir espaço para a nova sensação do rádio esportivo na época, o “Garotinho” José Carlos Araújo.
Ao final de sua última transmissão na emissora da família Marinho, Cury desabafou com elegância, despedindo-se dos ouvintes, tecendo elogios à empresa e aos anunciantes, mas não poupando os diretores que o demitiram, a quem acusou de o terem “tocaiado” e “fuzilado”.
As últimas jornadas esportivas de Jorge Cury foram na Rádio Tupi, na qual trabalhou apenas alguns meses até sua morte.
Torcedor fanático do Flamengo, foi homenageado pela diretoria rubro-negra que deu seu nome a uma audioteca localizada na sede da Gávea.
Para quem não teve o privilégio de ouvir as épicas narrações de Jorge Cury – e para quem já estava saudoso de sua voz inconfundível – o ESPORTEAGITO catou no You Tube a reprodução da famosa despedida na Rádio Globo, além de um interessante depoimento de um dos maiores locutores esportivos do Estado do Paraná, Fernando Cezar, e a narração do gol de Zico contra o Cobreloa, do Chile, no terceiro jogo da final da Libertadores de 1979.
É para curtir e guardar na memória
6 comentários:
Bons tempos em que ligavamos a tv para assistir os jogos e o rádio para escutar na voz marcante de Jorge Curi a narração inigualável deste insubstituível narrador.
Não posso deixar de enaltecer esse magnífico narrador de esporte da Nacional muitos anos antes da Globo, o Jorge Curi. Ele fazia dobradinha com outro inesquecível o Antonio Cordeiro. É do meu tempo de criança, aí pelos anos 40. Embora vascaino incorrigível, sempre admirei o belo e incomparável trabalho do Jorge. Ele era imparcial em suas análises.
Não posso deixar de enaltecer esse magnífico narrador de esporte da Nacional muitos anos antes da Globo, o Jorge Curi. Ele fazia dobradinha com outro inesquecível o Antonio Cordeiro. É do meu tempo de criança, aí pelos anos 40. Embora vascaino incorrigível, sempre admirei o belo e incomparável trabalho do Jorge. Ele era imparcial em suas análises.
A maior voz do rádio barsileiro.
Quando narrava um gol, contagiava quem não estava no estádio com sua alegria e voz.
Foi o maior craque do rádio brasileiro.
Uma partida de futebol narrada por jorge Curi tinha outra dimensão.
Um profissional do rádio da melhor estirpe, deixou um grande legado para os radialistas que ficaram.
Vai ser muito dificil aparecer outro igual a ele, ficou uma grande lacuna.
Mas dignificou a profissão que escolheu, porque era muito comprometido, um grande profissional que se foi.
Nos deu muitas alegrias quando de suas narrações.
Uma perda irreparável, o rádio ficou mais pobre.
Não cheguei a pegá-lo, mas, vendo/ouvindo um outro vídeo, senti a mágoa dele contra um determinado diretor da Rádio Globo em 1984 que, como ouvinte, prefiro me abster.
Agora, ouvindo essa pequena locução, apesar de ser vascaíno, essas vinhetas tradicionais me dão saudade. Nada contra o Gílson Ricardo e o profissional que veio depois após a saída do Gilsão na Rádio Globo no ano passado, mas, essas vinhetas novas são muito ruins. Olha que o Gílson Ricardo mandou bem quando fez as vinhetas do Paraná e do Itaperuna-RJ. Nem quero ouvir, no futuro, uma vinheta do Paraná quando esse voltar para a Série A do Brasileiro ou de algum clube carioca for rebaixado no Brasileiro.
falar do jorge cury
da muita emoçao,o cury era fantastico
nao importava qual time que ta em campo era um grande proficional mais nao esqueço dos 2 gool que ela naraou na decisao do campeonato brasileiro de 1 de junho de 1980 contro o atletico mineiro
foi inesquecivem e o ultimo com saudoso valdir amaral foi demais ficou saudades de vc cury
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