Da Redação do EsporteAgito
Já se vai muito longe o ano da sua conquista mais significativa. Campeão estadual de 1926, o São Cristóvão vem desde então lutando contra todas as dificuldades, a degradação de seu patrimônio e a quase extinção da sua torcida, para manter acesa a chama das suas tradições.
E embora nas duas primeiras rodadas do campeonato carioca da Segunda Divisão, que começou neste mês de julho, tenha conquistado apenas um ponto – do empate em 0 a 0 contra o CFZ do Rio, no jogo de estreia – o clube mostrou que não veio para a competição a passeio e que tem ambições, sim, de fazer uma boa figura no estadual, ainda que não se atreva neste momento a falar em título, o que poderia soar como pretensão demasiada para alguns ouvidos mais céticos. Mas esses podem se surpreender.
“Temos os pés no chão. Acreditamos no trabalho que estamos desenvolvendo, mas a cara do São Cristóvão neste campeonato será de um time aguerrido, porém sem grandes investimentos e com a maioria dos jogadores formados nas nossas divisões de base”, define o técnico Denis Miguel (foto à esquerda), a quem coube a missão de montar e preparar o time cadete para esse novo desafio, depois do bom trabalho realizado no Brescia, clube sediado em Pau Grande, terra do inesquecível Mané Garrincha.
A derrota por 3 a 1, em casa, para o América, depois de empatar com o clube do Zico na primeira rodada, longe de representar um balde de água fria nas aspirações do time de Figueira de Melo, serviu de estímulo para os jogadores e de esperança para a comissão técnica, os dirigentes do clube e para a pequena mas fiel torcida do São Cristóvão. Isto porque, além de enfrentar logo de cara dois clubes considerados entre os favoritos da competição e com muito mais recursos e infraestrutura, os cadetes não levaram gols do CFZ e, contra o América, chegaram a empatar o jogo mesmo tendo um jogador expulso aos 40 minutos do primeiro tempo.
Falando à reportagem do ESPORTEAGITO na semana de estreia do campeonato, Denis Miguel apontava o América, o CFZ, o Olaria e o Brescia como os adversários mais difíceis a serem batidos e potenciais candidatos ao título. Sendo assim, então, 50 por cento das maiores dificuldades já teriam sido enfrentadas nas duas primeiras rodadas.
Juventude e experiência
Para tentar ir o mais longe que puder nesta Segundona, Denis Miguel confia no vigor e na disposição de jovens jogadores recentemente promovidos das divisões de base do clube (que outrora revelou craques como Ronaldo “Fenômeno” e Válber) e na experiência do lateral Victor Boleta (foto à direita), ex-Vasco e Fluminense; do zagueiro Marcio Costa, campeão pelo Fluminense, Flamengo e Corinthians; e Batata, centroavante que veio do Brescia.
Autor do gol cadete contra o América, em cobrança de falta, Victor Boleta – escalado como meia pelo técnico – disse após o jogo, em entrevista à Rádio Carioca, que o time está preparado e motivado para fazer uma grande campanha no estadual. “Muitos não acreditavam no São Cristóvão, mas nós provamos que temos time para enfrentar de igual para igual qualquer equipe do campeonato.”
O próprio currículo do treinador sancristovense é mais um indicativo do trabalho promissor que começa a ser feito em Figueira de Melo. Natural de São João de Meriti, na Baixada fluminense, 55 anos, Denis Miguel é formado em Educação Física.
Ex-lateral esquerdo, jogou no São Cristóvão na equipe que tinha como principal astro o lendário Fio Maravilha. Defendeu ainda o Madureira e a Portuguesa. A carreira de técnico de futebol começou no Vasco, estagiando nas categorias de base. Em São Januário, onde permaneceu por 12 anos, treinou “jovens promessas” como Pimentel, Jardel, Jean, Pedrinho e Felipe. Em 1994 foi para o Flamengo, e nos três anos em que treinou o infantil e, depois, o juvenil do clube, passaram por suas mãos nada menos que Júlio César (atual goleiro titular da seleção brasileira e da Inter de Milão), Juan (zagueiro titular da seleção), Adriano “Imperador”, Athirson, Roger (meio campo, hoje no Qatar) e Alessandro (lateral do Corinthians).
Após passagem de três anos pelo Olaria, clube no qual treinou desde o infantil ao profissional, Denis Miguel transferiu-se para o Fluminense, em 2000, como técnico do infantil, tendo no seu time, entre outros, Toró, Arouca, Radamés, Juliano e Fernando, irmão do craque Carlos Alberto.
Credenciais e experiência, portanto, não faltam ao comandante cadete para fazer o time sonhar mais alto e resgatar um pouco da tradição de um dos clubes mais simpáticos e carismáticos da nossa cidade.
Foto Denis: Anderson Luiz/Agência Ferj
Foto Boleta: Wallace Teixeira/Agência Ferj
Já se vai muito longe o ano da sua conquista mais significativa. Campeão estadual de 1926, o São Cristóvão vem desde então lutando contra todas as dificuldades, a degradação de seu patrimônio e a quase extinção da sua torcida, para manter acesa a chama das suas tradições.
E embora nas duas primeiras rodadas do campeonato carioca da Segunda Divisão, que começou neste mês de julho, tenha conquistado apenas um ponto – do empate em 0 a 0 contra o CFZ do Rio, no jogo de estreia – o clube mostrou que não veio para a competição a passeio e que tem ambições, sim, de fazer uma boa figura no estadual, ainda que não se atreva neste momento a falar em título, o que poderia soar como pretensão demasiada para alguns ouvidos mais céticos. Mas esses podem se surpreender.
“Temos os pés no chão. Acreditamos no trabalho que estamos desenvolvendo, mas a cara do São Cristóvão neste campeonato será de um time aguerrido, porém sem grandes investimentos e com a maioria dos jogadores formados nas nossas divisões de base”, define o técnico Denis Miguel (foto à esquerda), a quem coube a missão de montar e preparar o time cadete para esse novo desafio, depois do bom trabalho realizado no Brescia, clube sediado em Pau Grande, terra do inesquecível Mané Garrincha.
A derrota por 3 a 1, em casa, para o América, depois de empatar com o clube do Zico na primeira rodada, longe de representar um balde de água fria nas aspirações do time de Figueira de Melo, serviu de estímulo para os jogadores e de esperança para a comissão técnica, os dirigentes do clube e para a pequena mas fiel torcida do São Cristóvão. Isto porque, além de enfrentar logo de cara dois clubes considerados entre os favoritos da competição e com muito mais recursos e infraestrutura, os cadetes não levaram gols do CFZ e, contra o América, chegaram a empatar o jogo mesmo tendo um jogador expulso aos 40 minutos do primeiro tempo.
Falando à reportagem do ESPORTEAGITO na semana de estreia do campeonato, Denis Miguel apontava o América, o CFZ, o Olaria e o Brescia como os adversários mais difíceis a serem batidos e potenciais candidatos ao título. Sendo assim, então, 50 por cento das maiores dificuldades já teriam sido enfrentadas nas duas primeiras rodadas.
Juventude e experiência
Para tentar ir o mais longe que puder nesta Segundona, Denis Miguel confia no vigor e na disposição de jovens jogadores recentemente promovidos das divisões de base do clube (que outrora revelou craques como Ronaldo “Fenômeno” e Válber) e na experiência do lateral Victor Boleta (foto à direita), ex-Vasco e Fluminense; do zagueiro Marcio Costa, campeão pelo Fluminense, Flamengo e Corinthians; e Batata, centroavante que veio do Brescia.
Autor do gol cadete contra o América, em cobrança de falta, Victor Boleta – escalado como meia pelo técnico – disse após o jogo, em entrevista à Rádio Carioca, que o time está preparado e motivado para fazer uma grande campanha no estadual. “Muitos não acreditavam no São Cristóvão, mas nós provamos que temos time para enfrentar de igual para igual qualquer equipe do campeonato.”
O próprio currículo do treinador sancristovense é mais um indicativo do trabalho promissor que começa a ser feito em Figueira de Melo. Natural de São João de Meriti, na Baixada fluminense, 55 anos, Denis Miguel é formado em Educação Física.
Ex-lateral esquerdo, jogou no São Cristóvão na equipe que tinha como principal astro o lendário Fio Maravilha. Defendeu ainda o Madureira e a Portuguesa. A carreira de técnico de futebol começou no Vasco, estagiando nas categorias de base. Em São Januário, onde permaneceu por 12 anos, treinou “jovens promessas” como Pimentel, Jardel, Jean, Pedrinho e Felipe. Em 1994 foi para o Flamengo, e nos três anos em que treinou o infantil e, depois, o juvenil do clube, passaram por suas mãos nada menos que Júlio César (atual goleiro titular da seleção brasileira e da Inter de Milão), Juan (zagueiro titular da seleção), Adriano “Imperador”, Athirson, Roger (meio campo, hoje no Qatar) e Alessandro (lateral do Corinthians).
Após passagem de três anos pelo Olaria, clube no qual treinou desde o infantil ao profissional, Denis Miguel transferiu-se para o Fluminense, em 2000, como técnico do infantil, tendo no seu time, entre outros, Toró, Arouca, Radamés, Juliano e Fernando, irmão do craque Carlos Alberto.
Credenciais e experiência, portanto, não faltam ao comandante cadete para fazer o time sonhar mais alto e resgatar um pouco da tradição de um dos clubes mais simpáticos e carismáticos da nossa cidade.
Foto Denis: Anderson Luiz/Agência Ferj
Foto Boleta: Wallace Teixeira/Agência Ferj
2 comentários:
Poxa, muito boa a matéria. Obrigado pela força dada ao nosso professor Denis Miguel, ele merece de verdade. Ao longo dos anos ele vem não só ensinando futebol, mas dando lição de como ser um bom amigo, um bom professor, um bom técnico e principalmente e ótimo caráter. Vou acompanhar sua carreira por aqui. Valeu!
Conheço um pouco da vida desse professor e sei que ele foi técnico do Tomazinho F.C. em 1981 com uma ótima campanha, e também dirigiu o CFA de Rondônia levando um time recém formado a vice campeão estadual, e no ano seguinte esse mesmo time que ele mesmo formou foi campeão estadual. Ele é muito humilde e não fala tudo sobre o seu trabalho. Inclusive, ele foi o técnico que levou o Romário do Olaria para o Vasco e que como olheiro técnico da CBF escolheu o Kaká no campeonato de juniores para integrar a seleção brasileira. Ele merece mesmo muito respeito. Gostei muito do modo que este blog falou sobre ele. Valeu galera, com um jornalismo sério assim e respeitoso eu oro a Deus pra vocês irem bem longe. Fiquem na paz!
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