Para que a conquista se reverta em contratos, atletas devem
manter a imagem em evidência após os Jogos
Por Gabriel Ferreira (transcrito do site Gestão e Marketing
Esportivo, de João Henrique Areias)
As medalhas de ouro conquistadas durante os Jogos de Londres
pela judoca Mayra Aguiar e pelo ginasta Arthur Zanetti devem render aos dois
atletas brasileiros muito mais do que a satisfação pessoal da grande vitória.
Ouro de Arthur Zanetti abre portas para patrocínio, mas é necessário que a modalidade permaneça em evidência na mídia, dizem especialistas Foto: Agência Brasil |
Ser o primeiro colocado em sua modalidade durante o maior
evento esportivo do mundo é um dos caminhos mais curtos para atrair o interesse
de empresas dispostas a ligar a imagem ao esporte. "Essas vitórias geram
novos títulos e ídolos e é a isso que qualquer empresa busca se associar",
diz João Henrique Areias, consultor de Marketing Esportivo.
Mas a medalha no peito é apenas o início. O atleta precisa,
além do treinamento, manter entre a lista de tarefas diárias, a manutenção da
visibilidade adquirida durante a competição.
“Se o Zanetti ou a Mayra sumirem logo da mídia, eles não
terão tempo de capitalizar a medalha”, diz Thiago Mansur, presidente do
Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo. Nessa hora, é importante que o
medalhista seja bem assessorado. “As confederações devem ajudar, pois é
interesse delas que o esporte se torne ou se mantenha popular.”
A preocupação com o destaque da modalidade também está
ligada ao potencial de capitalizar vitórias futuras. “A simples conquista da
medalha não se reverte imediatamente em novos patrocínios”, afirma Eduardo
Generoso, gerente de projetos da ESM, consultoria de Marketing Esportivo.
Segundo ele, entre os fatores que vão influenciar no
interesse de empresas pelo medalhista estão o tamanho da exposição que o
esporte consegue na mídia. “No caso de Zanetti deve ser mais fácil, pois outros
atletas, como os irmãos Hypolito, já fizeram o trabalho de popularizar a
modalidade”, diz Generoso.
No caso do futebol, que disputará a primeira final olímpica
desde 1988, o impacto do tão aguardado ouro é diferente e vai além da
possibilidade de atrair maiores patrocínios.
Como os atletas são negociados entre times e possuem um
valor de mercado mais fácil de ser medido, uma conquista olímpica pode
significar uma grande valorização na hora da transferência. Isso é mais comum
no caso de atletas que ainda não conseguiram destaque fora da seleção olímpica.
“Para quem está no nível do Neymar, o ouro não faz diferença”,
diz Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria.
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