Lauro Freitas Fº
editor do blog
O que está por trás da intempestiva e surpreendente saída de Muricy Ramalho do Fluminense? Certamente não foi a alegada “falta de infra-estrutura” – leia-se, um centro de treinamento (CT) e melhores condições para o trabalho com os atletas. Na nota que a sua assessoria de imprensa emitiu logo após o empate sem gols do time com o Flamengo, neste domingo no Engenhão, o treinador justificou sua decisão de jogar a toalha por não ter sido atendido em uma das suas duas exigências ao acertar com o clube, em abril do ano passado: a melhoria da estrutura física.
Ora bolas! Então será mesmo que o Sr. Muricy quer nos fazer acreditar que ele só aceitou o convite para treinar o Fluminense porque achou que a diretoria (na época, comandada por Roberto Horcades) iria estalar os dedos e, em menos de um ano, colocar à sua disposição um moderno CT? Ele não sabia, por exemplo, que a gestão que o contratou estava em final de mandato e que não haveria apenas o candidato da situação nas eleições que se aproximavam? E por que motivo, então, com pouco mais de dois meses de trabalho acertou “verbalmente” a extensão do seu contrato (inicialmente de um ano) até o final de 2012, fato que o levou, inclusive, a esnobar o convite da CBF para dirigir a seleção brasileira “em nome da ética e do valor da palavra empenhada”.
Na época, Muricy disse com todas as letras que a diretoria não o liberou do compromisso assumido e que não se arrependia da escolha feita. E frisou: “Amanhã pode até o clube me mandar embora. É problema do Fluminense. Eu tenho a consciência tranquila que cumpri com a minha palavra”.
A pergunta que todos os tricolores – aliás, todos não, porque existem alguns que ainda fazem restrições aos conceitos táticos do treinador e até mesmo ao seu jeito meio ranzinza de ser, apesar de seu currículo fartamente vitorioso no futebol – devem estar fazendo neste momento é: o que teria motivado uma mudança de postura tão radical, dois meses apenas depois da histórica conquista do campeonato brasileiro? Sim, pois o tom da nota divulgada pela assessoria do ex-técnico tricolor revela o caráter irrevogável da atitude. Falava em fim do ciclo no clube e que a decisão já estava tomada há dias. Ou seja, Muricy estava mesmo disposto a pagar a multa rescisória (na casa de R$ 1 milhão) caso o Fluminense não o liberasse, como liberou.
Portanto, o que deve a torcida pensar? Que o treinador foi seduzido por uma “proposta irresistível” do Santos? Que as mudanças anunciadas na véspera pelo presidente Peter Siemsen no Departamento de Futebol tirariam um pouco da autonomia do técnico e que isso teria sido visto por Muricy como uma interferência em seu trabalho? Ou será que já começaram as brigas de ego entre as estrelas do time e o treinador, temendo se queimar no futuro, resolveu pular do barco antes que ele afunde? De qualquer maneira, sejam quais forem as razões que levaram Muricy Ramalho a tomar uma atitude, que segundo o próprio enchia a boca para dizer, não era do seu feitio, fica a tristeza – pelo menos para mim – de ver um projeto que se anunciava tão promissor ser interrompido precocemente por força de situações extra-campo às quais, muitas vezes, a galera nunca fica sabendo.
Lamento a saída do técnico que no final do ano passado, mesmo sem centro de treinamento, com o campo das Laranjeiras em péssimo estado, com Deco, Fred e Emerson mais ausentes do que em ação, conseguiu me dar uma alegria que há 26 anos eu não sentia e que minhas duas filhas, já adultas, ainda não conheciam. Mas a desculpa do CT, essa eu não engulo não, Muricy.
editor do blog
O que está por trás da intempestiva e surpreendente saída de Muricy Ramalho do Fluminense? Certamente não foi a alegada “falta de infra-estrutura” – leia-se, um centro de treinamento (CT) e melhores condições para o trabalho com os atletas. Na nota que a sua assessoria de imprensa emitiu logo após o empate sem gols do time com o Flamengo, neste domingo no Engenhão, o treinador justificou sua decisão de jogar a toalha por não ter sido atendido em uma das suas duas exigências ao acertar com o clube, em abril do ano passado: a melhoria da estrutura física.
Ora bolas! Então será mesmo que o Sr. Muricy quer nos fazer acreditar que ele só aceitou o convite para treinar o Fluminense porque achou que a diretoria (na época, comandada por Roberto Horcades) iria estalar os dedos e, em menos de um ano, colocar à sua disposição um moderno CT? Ele não sabia, por exemplo, que a gestão que o contratou estava em final de mandato e que não haveria apenas o candidato da situação nas eleições que se aproximavam? E por que motivo, então, com pouco mais de dois meses de trabalho acertou “verbalmente” a extensão do seu contrato (inicialmente de um ano) até o final de 2012, fato que o levou, inclusive, a esnobar o convite da CBF para dirigir a seleção brasileira “em nome da ética e do valor da palavra empenhada”.
Na época, Muricy disse com todas as letras que a diretoria não o liberou do compromisso assumido e que não se arrependia da escolha feita. E frisou: “Amanhã pode até o clube me mandar embora. É problema do Fluminense. Eu tenho a consciência tranquila que cumpri com a minha palavra”.
A pergunta que todos os tricolores – aliás, todos não, porque existem alguns que ainda fazem restrições aos conceitos táticos do treinador e até mesmo ao seu jeito meio ranzinza de ser, apesar de seu currículo fartamente vitorioso no futebol – devem estar fazendo neste momento é: o que teria motivado uma mudança de postura tão radical, dois meses apenas depois da histórica conquista do campeonato brasileiro? Sim, pois o tom da nota divulgada pela assessoria do ex-técnico tricolor revela o caráter irrevogável da atitude. Falava em fim do ciclo no clube e que a decisão já estava tomada há dias. Ou seja, Muricy estava mesmo disposto a pagar a multa rescisória (na casa de R$ 1 milhão) caso o Fluminense não o liberasse, como liberou.
Portanto, o que deve a torcida pensar? Que o treinador foi seduzido por uma “proposta irresistível” do Santos? Que as mudanças anunciadas na véspera pelo presidente Peter Siemsen no Departamento de Futebol tirariam um pouco da autonomia do técnico e que isso teria sido visto por Muricy como uma interferência em seu trabalho? Ou será que já começaram as brigas de ego entre as estrelas do time e o treinador, temendo se queimar no futuro, resolveu pular do barco antes que ele afunde? De qualquer maneira, sejam quais forem as razões que levaram Muricy Ramalho a tomar uma atitude, que segundo o próprio enchia a boca para dizer, não era do seu feitio, fica a tristeza – pelo menos para mim – de ver um projeto que se anunciava tão promissor ser interrompido precocemente por força de situações extra-campo às quais, muitas vezes, a galera nunca fica sabendo.
Lamento a saída do técnico que no final do ano passado, mesmo sem centro de treinamento, com o campo das Laranjeiras em péssimo estado, com Deco, Fred e Emerson mais ausentes do que em ação, conseguiu me dar uma alegria que há 26 anos eu não sentia e que minhas duas filhas, já adultas, ainda não conheciam. Mas a desculpa do CT, essa eu não engulo não, Muricy.
Um comentário:
Essa alegacão de falta de um CT, foi apenas uma desculpa esfarrapada que o Muricy escolheu. Na mimha opinião o que ele teve foi medo de um fracasso(bem possível) na Libertadores e talvez .por consequência. no Campeonato Carioca e simplesmente pulou fora.Iemgente que só gosta de escutar elogios.
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